Minha vida é um cubículo, cercada por paredes invisíveis, por onde minha voz ecoa fazendo-me pensar naquilo que ainda não fiz. Às vezes sou sufocada pela própria voz, necessitando gritar, mas ouvindo apenas o sussurro da minha alma. O sarcasmo e o cinismo me rodeiam, a mentira anda ao meu lado, esperando para ser “convocada”.
O vento que me toca é diferente dos outros, trás com ele poeira que suja minha garganta, me impedindo de falar.
O sonho não é sonho, pesadelos consomem minha noite, quando a insônia vai embora, oráculos veem maus presságios e a lua escurece ao ver-me passar.
Mesmo assim, busco a límpida água que limpa minha alma, retirando toda poeira de minha garganta, expelindo aquilo que me faz mal, ando de mãos dadas com a verdade e compartilho meus dias com a esperança. Procuro nos pesadelos o aprendizado, buscando o estímulo do sonho bom; enquanto isso as paredes são explodidas com meu grito de libertação, deixando minha alma livre para seguir seu caminho rumo ao azul do céu.
Por Mariane N. Souza
Você escreve docemente. Adoro seus textos.
ResponderExcluir