Enquanto escrevo penso em tudo, no mundo, nas pessoas, nos momentos. Penso em quantos passam fome enquanto outros reclamam por não ter sobre a mesa aquilo que deseja, alguns jogam no lixo o que alimenta uma família. Penso em quantos passam frio, sem blusas, cobertores enquanto outros reclamam por terem recebido de presente, algum agasalho que não lhe agradou. Penso em quantas crianças estão nascendo e mães jogando-as nos rios, matando-as, deixando em latas de lixo. Vidas em vão... enquanto outras estão chorando e se lamentando por não terem um filho ou não poderem engravidar. Penso em quantos procuram um emprego, “catam” lixo para sustentar suas famílias enquanto outros esnobam seu trabalho, reclamando por ganharem um salário mínimo. Há famílias que sobrevivem com menos de R$ 50,00 mensais. Penso em quantos choram por filhos mortos, crianças que perdem pais, famílias que sofrem com perdas em meio à destruição em massa produzida pelo homem, através de atos violentos nesse mundo desumano enquanto outros brincam com o medo das pessoas. Penso em quantos choram para não estudarem, brigam para não irem à escola e outros trabalhando, lamentando... por não terem a oportunidade da alfabetização. Penso em quantos estão jogados à sarjeta, implorando por um mísero prato de comida, um emprego, uma blusa ou até mesmo atenção enquanto outros reclamam do que tem e esnobam, como se não fosse nada.
Penso em como o ser humano é fútil e em como reclamamos sem precisão. Penso que pensar é o único ato verdadeiro nessa imensidão de injustiças.
Mariane Souza
Concordo plenamente com você Mariane.
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