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domingo, 22 de abril de 2012

Amigo

É assim que aconteceu
Espontâneo, momentâneo e forte
Um amigo para toda a vida
Em busca da eternidade
...
Não há palavras para descrever nossa amizade.
...
Só sei que é assim...
Você daí e eu daqui, nos entendemos e compreendemos...
Meu amigo para todo o sempre!
Universo das Palavras
Ramon

Bailarina

Nas pontas dos pés ela fica
Girando e girando
Os braços delicados ela estica
Fecha os olhos e sai voando

A música tocando
Suave e sem parar
Enquanto ela dança deslizando
Formosa pelo ar

Rosto angelical
Menina das sapatilhas rosadas
Leveza sobrenatural
Agradece as almas ali conquistadas

O público aplaude emocionado
Mais uma apresentação
Da bailarina com os pés cansados
Que toca o coração.

Por Universo das Palavras

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mais uma história brasileira

Barcos estão chegando, todos pulavam e não sabiam o que dizer ou o que fazer, com suas lanças à beira do rio esperavam os novos visitantes, mal sabiam eles que esses barcos “tomariam” seu território. Chegaram homens cheios de roupas, mulheres muito bem arrumadas, freis e padres. Eram muitos, barcos de todos os lados, de todos os lugares. 
Línguas diferentes, um tanto quanto incomunicável: 
_Quem são, o que querem? Todos assustados olhavam não conseguindo entender o que era aquilo. Pessoas seminuas, somente com um penacho na cabeça e um “tapa sexo” – como dizia o Tarzan - as mulheres nuas, sendo “digeridas” pelos olhos dos novos visitantes. O povo selvagem não entendia o porquê de tantas roupas, e aqueles “penduricalhos” pelos braços, orelhas e pescoços das mulheres da “outra tribo”, ficavam olhando as pedras brilharem e assustados. Mães escondendo filhos, homens protegendo suas mulheres... 
De tanta insistência e presentes, conseguiram fazer desse povo do corpo de fora e de mulheres bonitas seus “escravos”, os homens trabalhavam e as mulheres satisfaziam seus “desejos”; enquanto isso os freis e padres o ensinavam mais sobre outra cultura, língua e sobre seu deus. 
Muito tempo se passou, os homens brancos tomaram o local, que foi cobiçado e invadido por outros “caras pálidas”, onde “roubaram” terras, destruíram famílias e acabaram com a natureza daqueles que, até certo tempo, viviam nas sombras das árvores, comiam os frutos fresquinhos, tomavam água limpinha, banho de rio, brincavam entre as areias da praia e viviam em paz com os animais e tudo que era vivo. 
Os agora crentes no Deus Tupi, acreditavam em outro Deus, aprenderam uma nova língua, outras culturas, comidas diferentes, tiveram filhos de “outras cores”, usavam roupas e começavam a serem chamados de Civilizados, porém suas raízes, crenças, cultura, ritos, valores... ficaram presos nos mesmos lugares onde os homens brancos pisotearam e “cuspiram”. 
Enfim assim iniciou-se a história brasileira, os portugueses chegaram e mudaram tudo, então vieram os espanhóis com suas castanholas, os italianos e a massa deliciosa, os japas e seus pratos diferentes, porém deliciosos... Uma miscigenação de etnias nascidas “a força”, mas que formou esse nosso Brasil, de gente bonita e animada, cada um com suas peculiaridades, sua cultura inconfundível, mulheres lindas, povos calorosos, lugares encantadores, pratos espetaculares, trabalhos maravilhosos... Então agradecemos aos nossos Índios por tudo que fizeram e suportaram para fazer do que hoje conhecemos por ENTRE OUTRAS MIL ÉS TU BRASIL, Ó PÁTRIA AMADA... Então termino esse pequeno artigo com um pedacinho de um poema que mostra o quão incrível é nosso país que os Índios 'construíram':

“... Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores”...
(Gonçalves Dias)

Parabéns os Índios por seu tão merecido dia e que suas histórias e lendas sobrevivam a eternidade.

Por Universo das Palavras
19 de abril dia do Índio

terça-feira, 17 de abril de 2012

Coração

Tum... Tum... Tum...
Ouve?
É assim que ele fica!


Por Universo das Palavras

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Férias...

A partir do momento em que começamos a trabalhar, uma semana após, já imaginamos como seriam nossas férias. O dia em que a tiraríamos e o que faríamos enquanto estivéssemos de férias, planejamos tudo, viagens, passeios, ficar mais em casa, organizar as coisas, limpar o jardim, fazer exercícios, estudar, ler, assistir filmes, ou seja, fazer tudo que durante a semana de trabalho não dá tempo. Estou mentindo? Não! Tenho certeza que não, quem trabalha fora sabe que isso é a mais pura realidade. 
Chega o último dia de trabalho, você está muito animado, chega em casa não quer nem pensar no que vai fazer, esquecer tudo, só ficar descansando. Primeiro dia já acorda às onze horas, ou seja, duas, três horas depois do horário que você está acostumado, então toma seu café, assiste televisão, vai ao mercado, brinca com seu cachorro, cuida dos filhos (quem tem), arruma a casa, assiste um filme e puff o dia acabou. O primeiro dia já foi, o que você diz? “_Ah! Tem muitos ainda pela frente, vou ter vários dias para realizar as outras ‘tarefas’”, dorme tranquilamente, acorda no outro dia no mesmo horário e faz as mesmas coisas, não vê o dia passar, o tempo voa, chega o fim de semana e você afirma: “_Nossa como tempo está passando rápido, a semana acabou e eu nem vi! Mas tem tempo ainda, terei mais dias para fazer o que tinha planejado fazer”. Acaba a primeira semana, inicia a segunda, então resolve fazer aquilo que tinha preparado para suas férias e adivinha, faz tudo na segunda-feira, porque está muito animado, esquecendo dos outros dias de folga. Na terça já volta à rotina da semana passada, acorda tarde, fica em casa, assiste a “Sessão da Tarde” (dorme durante o filme inteiro), vê o que estiver passando na televisão e fica lá sentado entediado, chega a quarta-feira, não aguenta mais ficar em casa, sente saudade do emprego, não quer nem ver mais televisão, está enjoado de dormir, a casa agora está se tornando o pior lugar para ficar, quer sair, fazer algo diferente, ver seus colegas de trabalho, conversar com pessoas diferentes, então resolve dar uma volta e conversar com alguém. Volta tarde para a casa e o dia já acabou, acorda no próximo dia cansado de dormir, sem ter o que fazer, já saiu no dia anterior, então continua sentado o dia inteiro, imaginando o que fazer, lembra dos parentes: “_ Vou passear na casa daquela tia que não vejo há tempos!” Dia acaba, chega sexta-feira, não há o que fazer já foi nos lugares que tinha vontade, então volta para o sofá e continua ‘assistindo’ os filmes da “Sessão da Tarde”. 
As férias acabam, você faz tudo que gostaria de fazer, organiza tudo que tinha de organizar, volta para o trabalho animadíssimo, porque não aguentava mais ficar sentado vendo TV e o melhor com saudade dos seus companheiros de trabalho e chega a conclusão de que férias são sim muito boas, mas é muito melhor continuar no seu trabalho, conversando com pessoas diferentes sobre a atualidade, seu trabalho... Enfim, sobre tudo, então percebemos que a única diferença entre trabalhar e ficar de férias é que de férias você acorda tarde, porque seu trabalho não deixa de ser uma segunda casa e melhor com pessoas diferentes, com opiniões diferentes e que você adora estar junto.

Por Universo das Palavras

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sua divindade, o amor!

Outono mês dos frutos. Época em que as crianças vivem correndo e se aventurando entre escorregadores, balanços e gangorras na pracinha ali do lado. No campinho de areia os meninos jogam futebol. As meninas brincando de casinha, com seus chás e xícaras sobre a mesinha no centro do parque. Entre chutes e chá nasce um amor, amor de criança, entre dois pequerruchos que não sabiam nem mesmo porque tinham vindo ao mundo.
As tardes de outono deixavam aquela pracinha ainda mais linda. Em um dia de vento forte, com folhas de ipê roxo caindo sobre a terra Ana e Luiz se encontraram, ela a espera de suas companheiras de chá e ele dos seus amigos boleiros. Ambos com, apenas, 9 aninhos. Esperaram por muito tempo e ninguém aparecia, enquanto isso conversavam sobre tudo. Ela sobre suas bonecas, amigas, escola, contando sobre o que gostava e não, ele falando sobre o vídeo game, filmes de terror, sua paixão por velocidade, contrariando a garotinha em quase tudo, entretanto se entenderam muito bem. Resolveram deitar na grama fofinha e esperar mais um pouco, para que seus colegas aparecessem. Olhando para o céu azul e repleto de nuvens branquinhas, contaram-nas, lhes deram formas, falaram sobre seus sonhos, seus pais, suas vontades e assim ficaram a tarde toda. Deitados na grama sem motivo algum, a companhia estava boa, o dia passou, eles não brincaram ninguém chegou, então resolveram ir para casa. Com o vento tocando os esvoaçantes cabelos de Ana, Luiz ficou observando-a caminhar pela rua vazia adornada de canteiro de flores que a deixavam ainda mais linda, então foi embora caminhando com sua bola nas mãos e encantado com a beleza, simpatia, delicadeza e inteligência da menina. Ana caminhava cantarolando aos pulos com sua bolsa de brinquedos lembrando-se da conversa que teve com seu novo amigo, fascinada com aquele cabelo loiro que caia sobre os olhos do garoto que apareceu do nada e fez da tarde vazia a melhor de todas.
No outro dia no mesmo horário lá estavam os dois, porém cada um com sua turminha, ela e suas amigas, ele e os outros garotos, um não tirava o olho do outro. Luiz marcava um gol e corria olhando para sua mais nova amiga que o encantava, ela tomando seu chá olhava para os garotos jogando futebol. Luiz então, ao final do jogo resolveu falar com ela, cumprimenta-la. Perguntou se a pequena garotinha gostaria de tomar sorvete com ele após o jogo e com o sorriso largo no rosto, Ana respondeu que sim, sentindo-se a garota mais feliz do universo. Mais tarde na sorveteria do fim da rua podia avistar os dois, rindo juntos e lambuzados da delícia gelada. Ela com sorvete de morango e ele de creme. Terminaram e voltaram pra casa juntos, cada um para a sua.
Foi então que Luiz completou 10 anos e chamou sua nova amiga para a festa, apresentando-a para toda a família. Para ele não importava se outros tinham ido à sua festa, o que importava que Ana estava lá. Ele não sabia dizer o que sentia, nem mesmo porque sentia. Só sabia que ficava muito feliz ao lado daquela garota que faziam seus olhos brilhar e coração acelerar; menina que o fazia sonhar acordado todas as noites deitado. 
Ana, assim como Luiz também fez aniversário e claro chamou seu amigo para a festa. A partir desse dia em diante o menino ia a casa dela todos os dias, nos fins de semana as duas famílias se reuniam para fazer algum programa, dentro ou fora de casa. Porém é possível perceber no rosto da mãe de Luiz certo desconforto na amizade das crianças, não se sabia o porquê, eram somente duas crianças construindo uma amizade, que para elas, seria “eterna”.
O tempo passou, Ana e Luiz agora tinham 17 anos cada um. Estavam se preparando para a formatura da oitava série. Seria um baile para toda a escola, o melhor de todos. As meninas de vestido longo e os meninos de beca e como já era de se esperar Ana e Luiz foram juntos. Contudo os dois não sabiam que essa festa marcariam suas vidas para sempre. Foi lá em que os dois se sentiram muito além das nuvens branquinhas daquela pracinha que brincavam naquele primeiro encontro. Foi lá que não se sentiam mais dois amigos, mas sim dois apaixonados. O primeiro beijo aconteceu no coreto, quando voltavam para a casa, com a lua forte no fundo iluminando a noite tranquila e fresquinha. Suas vontades eram ficar lá a noite toda, a vida toda. Juntinhos, abraçados e olhando um para o outro. No momento Ana sentiu seu coração palpitar, suas pernas tremerem quando tocavam o rosto suave e macio de seu, agora, enamorado. Quando os olhos fecharam e ele a abraçou, ela sentiu o mais puro e forte sentimento já sentido. Era como se estivesse protegida de tudo e todos, nada a afetaria naquele momento. Já eram duas da manhã voltaram para a casa, Luiz a deixou na porta com mais um beijo e foi para a casa com a mão esquerda no bolso, paletó nas costas segurado pela mão direita e cantarolando. Ana entrou fechou a porta cruzou os braços no peito e ali ficou com os olhos fechados encostada não acreditando no que estava acontecendo.
Um amor sincero, simples e forte tinha aflorado. Uma paixão de anos agora estava lá, sendo vivida. Ana acordou no outro dia com um sorriso largo no rosto, tomando café ao lado dos pais, mais feliz do que nunca, os dois percebendo a felicidade da filha perguntaram como foi o baile e ela conta, inclusive sobre o que aconteceu entre ela e Luiz. Os dois, fascinados com a alegria da garota observavam-na com toda atenção.
Luiz em sua casa, contava aos pais o acontecido, seu pai orgulhoso parabenizou o menino e o apoiou para que persistisse naquilo que queria, enquanto isso a sua mãe não gostou muito, resmungou que aquilo não poderia estar acontecendo e saiu da sala deixando pai e filho conversando sozinhos.
Naquele mesmo dia os dois saíram para ir àquela mesma sorveteria de quando pequenos, tomar o mesmo sorvete de morango e creme que tanto adoravam, só que agora como namorados e muito felizes. Toda tarde em que saíam, Luiz deixava a garota à porta de sua casa e se despedia com um suave beijo deixando gostinho de quero mais; enquanto na janela da casa de Luiz sua mãe observava balançando a cabeça e não admitindo tal cena.
Após mais de dois anos juntos e apaixonados, ambos com 19 anos, Carmem, mãe de Luiz aconselhava o filho a se separar da garota, porque não era sadio o amor dos dois, não podiam ficar juntos, sem mais explicações. Em uma noite chorando aos pés de uma santa que tinha no canto da sala da casa deles, Carmem pedia com toda fé para que os dois se separassem e o amor deles não fosse mais adiante. Luiz não entendia, perguntava a mãe o porquê daquilo, porque ela queria tanto que eles não ficassem juntos, mas ela não falava, dizia apenas que não era sadio. 
Luiz e Ana tinham agora 21 anos, quatro anos de namoro e todas as noites a mãe rezava e pedia a Deus que aquele amor acabasse e eles se separassem. Foi nesse mesmo ano que Carmem descobriu que estava doente, tinha câncer no cérebro, quando contou ao esposo e ao menino entraram todos em desespero, algum tempo depois Carmen teve uma crise foi internada, levaram a mulher para o hospital, todos na sala de espera sentados, aguardando alguém vir lhes dar boa notícia. Ana e Luiz juntos chorando no canto do cômodo, ela o consolando todo tempo. De repente vem uma enfermeira e chama os dois para o leito de sua mãe. Ao entrarem no quarto viram a mulher em um balão de oxigênio, muito fraca, pálida, quase não conseguindo falar. Cada um de um lado da cama segurando suas mãos choravam. A mulher esforçando-se ao máximo para pronunciar algumas palavras disse: 
_ Vocês não podem ficar juntos, são irmãos!
Essas foram às últimas palavras de Carmem, o coração parou. Essa vida não era mais dela. Deixou-os lá, chorando e agora com a revelação mais bombástica já imaginada. Luiz entrou em desespero começou a balançar a mãe, gritando desesperadamente e Ana tentando acalmá-lo puxando para trás. Chamaram às enfermeiras, os médicos, eles tentaram reaviva-la, mas não conseguiram, ela tinha ido embora.
Na sala de espera todos choravam sem saber o que fazer. Ana e Luiz se distanciaram, no enterro cada um no seu canto, sem consolo, apenas um oi, tchau e só. Foram embora e sem saber o que estava acontecendo o pai de Luiz lhe questiona querendo saber o que tinha acontecido entre o casal, mas ele, em luto, responde que nada, só estava cansado e triste e queria ficar sozinho. Naquela noite o garoto não dormiu, chorou por sua mãe e sua namorada, que agora descobrira que era irmã. Passaram uma semana sem se falar. Nem telefonemas, nem sorvetes. Os pais de Ana perguntaram-lhe o que estava acontecendo ela também não respondeu, só disse que estava triste, mas sem detalhes. Após algum tempo sem se falar, Luiz foi até a casa de Ana querendo conversar com ela e decidiram então reunir todos e perguntar se o que a mãe tinha pronunciado no leito de morte era verdade. A revelação feita na sala de jantar da casa de Ana abalou as estruturas de sua família. O pai da garota explicou que realmente havia tido um pequeno relacionamento com a mãe do garoto, mas antes de conhecer sua esposa. Sérgio e Clarice, pai da menina, casaram-se um mês depois de se conhecerem. A diferença entre a idade de Ana e Luiz era, exatamente de um mês. O garoto e o pai foram para casa, decepcionados e sem saber o que fazer. 
Ana foi embora da cidade, morar no exterior, estudar, trabalhar e tentar construir uma família, Luiz, um ano depois, também foi embora. Quatro anos sem se verem. Todo dia Luiz se lembrava da linda garotinha que tinha conhecido no parquinho e ela do galante e simpático boleiro do campinho. O garoto ainda era apaixonada por ela e tinha a impressão de ver Ana todo dia de manhã no café onde fazia sua primeira refeição do dia, mas achava ser alucinação por não conseguir esquecer a menina, contudo ficava pensando quem era aquela mulher que toda manhã estava na mesma mesa tomando um cappuccino e olhando pela janela e tão parecida com sua amada, foi então que um dia resolveu ir até a mesa conversar e teve a surpresa mais espetacular de sua vida, realmente era Ana. Seu amor impossível. O susto dos dois foi muito grande, tanto tempo longe e morando no mesmo lugar e novamente, mesmo bairro. Cumprimentaram-se, conversaram e todo dia se encontravam no mesmo lugar. No fim do ano foram para a casa, juntos, para visitar os pais e com eles passar o Natal, porém Luiz, querendo confirmar aquilo que a mãe disse para ele há tantos anos, convidou Ana para fazer um exame de DNA e então ter certeza que realmente eram irmãos, só ele sabia o que sentia por ela e aquele sentimento era forte demais. O exame foi feito e o resultado jogado em cima da mesa e outra surpresa ainda maior, eles não eram irmãos. Carmem foi embora, mas sem saber da verdade imaginando que o filho, era sim, de outro pai. A felicidade foi tão grande que na mesma hora os dois apaixonados abraçaram e se beijaram chorando. Luiz ergueu sua amada dizendo que a amava e queria passar o resto da vida ao seu lado, pedindo-a em casamento e ela aceitando sem nem pestanejar. A família festejou muito pelo resultado e a confirmação do que o pai de Ana já tinha quase certeza.
Os dois se casaram, voltaram para o exterior e lá continuaram, tiveram filhos, trabalharam, foram felizes ano, cada mês, cada dia, cada hora, minuto, segundo, incessantemente. Luiz e Ana faleceram com 85 anos. Deitados sobre a cama abraçados e com um suave sorriso no rosto, dando a certeza do amor eterno que, muitos não acreditam, e que realmente existiu entre os dois.
Ana e Luiz, amores amantes e apaixonados. Separados por uma dúvida ou uma mentira e juntos novamente pelo destino ou por um amor divino, feito por Deus.
Através dessa história gostaria de dizer aos casais apaixonados que acreditassem no amor, que não fossem tão insanos na hora de culpar um ao outro ou duvidar de situações que nem existiram. Pensem bem antes de julgar algo, não queiram ver pelos olhos dos outros e sim pelos próprios. Ninguém sabe melhor a verdade que o nosso coração. Acreditem no amor verdadeiro e eterno, ele existe, não só na imaginação, nem mesmo nas histórias e filmes românticos, mas sim na vida e no coração de cada um, só temos que acreditar. Aos solteiros, acreditem cada um tem alguém, ninguém é só. Assim como Deus fez Adão e Eva e fez um casal de cada animal você também tem o seu, basta esperar o tempo certo para as coisas acontecerem.

Por Universo das Palavras


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Reflexão sobre a questão da indisciplina


Um dos temas mais discutidos nas escolas em reuniões e nas famílias é a questão da indisciplina. Quando se pensa em crianças ou várias crianças, a primeira coisa que vem a cabeça é a bagunça, algazarra, desordem... O primeiro passo para evitar esse tipo de comportamento é estabelecer limites.

Há muitos questionamentos sobre como educar crianças. Para que os pais possam estabelecê-los é preciso que estes tenham seus próprios limites não adianta querer cobrar sem antes dar exemplos.
O artigo aqui presente fala sobre a questão da indisciplina nas famílias dos dias atuais e na escola, baixe o arquivo e o leia completo.

Baixe o artigo completo clicando aqui.




A última música

Noite escura. Sem luar, sem estrelas. Apenas o vento, a chuva, o frio, nada mais, nada além. E para esquentar, um cobertor e chocolate quente. A música é a única companhia. Olhando pela janela as gotas de chuva caem descendo vidro abaixo. A mente vagando sem destino, trazendo lembranças de tudo que aconteceu durante a vida. Cada pessoa que conheceu cada momento que passou cada chuva que tomou cada sorriso que conquistou cada beijo que experimentou cada olhar que cativou cada dúvida que criou e desvendou cada toque que deu e recebeu cada movimento que fez e sentiu. Cada hora, cada minuto, cada segundo. Cada ano, cada mês, cada dia. Tudo envolvido em uma vida. Tudo passa tão rápido. Hoje você nasce amanhã não mais está aqui. Tudo tão complexo. Um mundo tão grande, uma vida tão pequena. Muito pouco tempo para gozar da felicidade sem fim. Quantas lágrimas rolaram, quantas brigas aconteceram. E as gargalhadas? Quantas existiram. A, as músicas, quantas músicas marcaram. Tudo tão repentino, tudo tão intenso. Hoje levanto, à tarde não sei se vou me deitar. Hoje adormeço. O amanhã é um mistério, não sei se farei parte dele.

Se soubéssemos o valor de viver, não desperdiçaríamos tempo dormindo. Não perderíamos tempo chorando. Esqueceríamos dos problemas e viveríamos intensamente. Não sofreríamos adiantado. Comeríamos menos e cuidaríamos mais da saúde. Sonharíamos mais. Reclamaríamos menos. Seríamos protagonistas e não figurantes.
Uma dimensão de prazeres e não sabemos aproveitar. Medo? Medo do que? De viver? Não, não existe medo. Existe insegurança. Não deveria, mas existe. Ela nos faz pensar. Faz-nos desistir de sonhos, mesmo sendo sonhos. Faz-nos ver o lado “ruim” da existência humana. Mas o que seríamos de nós sem ela, sem a insegurança? O que seríamos de nós sem a dor?
A música para, ou acho que está parando, sumindo de vagar na atmosfera. Sinto-me longe. Onde estou, para onde vou? O que está acontecendo? É a alma. Uma luz lá no fundo. Cheiro de rosas, som de harpas, liras, coros magníficos. Não era essa música que ouvia, mas essa é melhor. Fecho os olhos e sigo sem destino, sem medo de cair, sem insegurança. 
A luz aumenta e uma voz linda “recita” meu nome. 
Tenho que ir, me chamam! Agora estou longe, não tem mais volta. Não tem como ir lá novamente. Mas aqui é bom também, melhor que lá. Gostei do cheiro das flores, do som das harpas e liras. Farei novas amizades. De lá? Ah! A única coisa que lembro é a música. A mais bela, maravilhosa e significativa música. 
Lá embaixo os olhos se fecham. Não existe chuva, não existe vento, não existe chocolate quente, não existe cobertor. É tudo fictício. Existe apenas a música. É, aquela que ficou, isso mesmo. A última música. 


Por Universo das Palavras



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