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sábado, 17 de dezembro de 2011

Verdades

Meus rascunhos são simples, às vezes sem sentido, mas expressam aquilo que sinto em todos os momentos. Minha boca é calada não pronuncia meus sentimentos, que só saem quando estou com a caneta na mão. Sinto falta de poder falar aquilo que gostaria, mas não consigo, o vento que vem do leste sussurra no meu ouvido, me impedindo de pronunciar. Talvez seja a insegurança que me afligi e o medo a ampara. Minhas palavras têm poder, atingem aquilo que miro. O alvo vermelho às vezes gélido que busco enfervecer ao escrevê-las. Se fosse possível, tiraria do papel e fazia com que as mesmas voassem como o vento faz com as folhas das árvores, sem preconceito, sem preocupação... Minha arma? Junção de letras. Um desejo? Expressá-las.

Por Mariane N. Souza

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Estrela cadente

Onde estão meus desejos?
Se foram...
Te deixaram pela estrela candente!

Por Mariane N. Souza

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

E o ano passou, expectativas em vão

O ano passou cheio de intrigas e com sorrisos de afliação.
A ansiedade me corroeu e então cigarros acendi. 
Muitos mudaram seus estilos e cortes de cabelo, mas será que seu interior também se transformou? 
Aprendi ver situações simples tornarem-se gloriosas.
Choros foram diferentes e sorrisos mais largos. 
Amizades distantes retornaram. 
Na mesa do bar, copo cheio e conversas ligeiras mudando de um assunto ao outro rapidamente.
Pensamento ao vento, deixo levar.
Mas quero ter algo que realmente, me faça sonhar.

Por Bárbara Lima

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Libertação

Gostaria de saber voar
Para ir em busca da liberdade
Pelo infinito céu azul


Mariane N. Souza

Sedução

O sabor do desejo
Está no brilho do seus olhos
E no gosto do seu beijo


Por Mariane N. Souza

domingo, 11 de dezembro de 2011

Desespero...

No vale sombrio da mente vazia
O coração é gelado
E os olhos de vidro transparecem a alma sofrida
De um ser decepcionado
Por Mariane N. Souza

Palavras da alma

Nos versos de um poeta
Quem escreve é o coração
Com tinteiro de carinho
E uma gota de emoção

Por Mariane N. Souza

Procuro...

Procuro nos lábios mais simples a doçura de um beijo eterno.
Procuro nos braços mais simples o afago de um abraço sincero.
Procuro na mão mais simples um carinho suave.
Procuro no rosto mais simples, um sorriso de satisfação.
Procuro no momento mais simples te fazer imensamente feliz.

Por Mariane N. Souza


sábado, 10 de dezembro de 2011

Cinco dias sem alma

Os mais velhos dizem que sair nas noites de lua cheia durante a quaresma é o mesmo que cutucar o "coisa ruim" com vara curta.
Meu vô conta que um senhor, conhecido da família, era muito teimoso. Um dia era mais de meia noite e esse homem queria ir embora à cavalo e sozinho, mesmo sabendo de histórias terríveis que aconteciam nas estradas lá por perto. Era conhecido por sua coragem. Então pegou seu cavalo, despediu-se e saiu acenando. A mais ou menos 2 km depois de galopar, o cavalo parou e não quis mais andar. O senhor bravo, batia em seu pangaré, mas ele não ia para frente. O homem, então, desceu de e resolveu puxá-lo pelas rédias, mas o animal não ia, relinchava, se esquivava e não ia. Sem saber o que fazer, o homem resolveu montar no cavalo e tentar novamente. Ao subir sentiu algo tocar em suas costas, o corajoso, agora não conseguia virar seu rosto para trás, como se tivesse congelado e não conseguisse olhar, de tanto medo. A brisa, agora se transformara em um vento forte, que levantava a areia gelada, ao longe ouvia-se uivos, e aquilo, ainda estava agarrado em suas costas, na garupa. O cavalo começou a pular e relinchar, fazendo com que o homem caísse, ficando com o pé enroscado no arreio, era como se algo estivesse em cima do cavalo, batendo nele. Em disparada, o animal que não saía do lugar começou a correr arrastando o homem pendurado. De repente o cavalo cai, como se tivessem puxado o cavalo pelo rabo e então os uivos e o vento forte param. O homem totalmente paralisado, desenrosca o pé do estribo, arruma o arreio sobe novamente e o cavalo, assustado volta para casa do meu avô. Isso era mais ou menos duas horas da manhã quando ele chegara todo sujo, com os olhos arregalados, sem dizer uma palavra, as roupas estavam que era só trapo e o cavalo muito assustado, qualquer barulho que ouvia era motivo para  relinchar. Aquele homem ficou cinco dias e cinco sem falar, sem comer, sem dormir. A única coisa que fazia era ficar olhando no vazio, como se não tivesse alma, apenas um corpo vazio sentado. Passado-se esses cinco dias, voltou a ter consciência e então contar o que havia acontecido.
Vizinhos dizem que era possível ouvir o cavalo relinchar de muito longe, nessa noite, e que um assobio muito forte, com uma voz bem fina invadia a cabeça de quem ouvia, mesmo de longe. Até hoje, não foi possível descobrir o que tinha feito aquilo, a única coisa que fizeram, foi não brincar com a sorte e não abusar da quaresma, nem noites de lua clara.

Por Mariane N. Souza


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mata do Sumiço

Onde meus avós moram existe um lugar com muitas árvores de todos os tipos, com animais diversos, inclusive cobras... Local conhecido por suas histórias assombrosas. Meu tio conta que, certa vez, pegou um cavalo para ir à casa da namorada. Era uma noite com lua clara, verão, em torno de 21:00, então arreou o cavalo pegou o chicote e adentrou o mato. A estrada que passa por ele é muito fechada, não há visão para nenhum lado, apenas para frente e atrás é como se o mato se fechasse e não tivesse como ver nada, apenas o que tivesse diante dos olhos. Ao entrar naquela imensidão de árvores foi como se seu "sentido" tivesse sumido ele não viu mais nada, quando percebeu estava novamente no mesmo pasto, pegando o cavalo e arreando para então ia à casa dela. Ele fala que mesmo com calor a hora que se viu no pasto novamente sentiu frio e um arrepio muito grande na espinha, ficando tonto na hora. Até hoje, nos diz que a sensação era a pior possível. Ao contar é visível no rosto dele o medo que sentiu aquela noite, quando fala do arrepio e o frio, a testa frange e é como se ele sentisse novamente o que aconteceu. Meu tio prometeu a si mesmo, nunca mais passar por aquele lugar sozinho e muito menos durante a noite.
Por Mariane N. Souza



Essa é uma das histórias que esse lugar reserva, além de várias outras que fazem parte da minha infância, se gostou dela, continue lendo, pois será uma série com muitas histórias.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Caminho sem fim

Caminhando procuro respostas aos meus problemas, busco significado para a vida. Quando penso que resolvi o que era necessário e posso continuar caminhando calmamente, vejo mais uma barreira que me cerca e me faz estagnar. 
Caminhar, caminhar, caminhar... E voltar ao início daquilo que já concluí. É como se a calmaria se tornasse um vendaval, desabando sobre minha cabeça o “teto dos desabrigados”, deixando-me sem rumo, sem sentido. Sinto-me como um gato dentro de um canil. Busco nos livros, nos sonhos, no dia a dia, as respostas, as soluções, mas não adianta, é como se fosse um caminho sem solução, uma vida perdida, em um mar de possibilidade. Um companheiro? O marasmo. Entretanto no fundo, bem lá no fundo, vejo uma luz e a saída para minha alma, então continuo remando, andando e procurando saciar minha "sede" com a água da salvação.

Por Mariane N. Souza

domingo, 4 de dezembro de 2011

Verdade sobre o céu?
É místico, infinito e dono
Da mais perfeita beleza do universo.

Por Mariane N. Souza

sábado, 3 de dezembro de 2011

O vento trás lembranças
Que a mente esconde
Nos momentos de agonia
Por Mariane N. Souza



15 - "Quinze"

Os anos passam, os momentos acabam e tudo parece ser incompreensível. Essa é a idade dos sonhos perdidos. 
Pedro, um garoto de 15 anos precisou sofrer um terrível acidente para conseguir entender o que é a vida. 
_ Não Pedro, não vá. Não faça isso, você tem apenas 15 anos. Não teime Pedro, não vá! 
_ Ah! Mãe me deixa você não manda em mim. Meu pai me deu de presente. Vamos galera! 
_ Uhuuu! Vruummm... 
_ Pedro cuidado. A luz. Cuidado. Socorro. Screeech iééé! Craaash! 
_ Iôn iôn iôn... Afastem-se, afastem-se, deixem-nos passar! 
_ Piiip Piiip Piiip... Como ele está doutor? Está bem, não corre mais risco de vida, mas terá graves sequelas! 
_ Sequelas doutor, meu Pedrinho, o que acontecerá com ele? 
_ Sim dona Sônia, seu filho não poderá mais andar. Perderá o movimento das duas pernas. 
_ Não, não pode ser verdade! 
Pedro era filho único, um garoto sem valores e escrúpulos, que sempre teve tudo na vida e não soube aproveitar. Quando pequeno um amor de criança, aos 5 anos os pais se separaram. A partir de então Pedro não era mais o mesmo. Na escola não tinha incentivo, os professores o chamavam de mimado e diziam que o menino não tinha mais jeito. Com 09 anos começou a sair com garotos “barra pesada”, roubavam para brincar, Pedro influenciado por seus amigos começou a fazer o mesmo. O pai, senhor Valter, não se importava com o garoto, a mãe dava tudo que tinha para satisfazer a falta que o pai fazia na vida do menino. 
Aos 12 anos, Pedro foi flagrado junto aos outros amigos, tentando roubar uma loja. A mãe do garoto, mesmo muito decepcionada foi até a delegacia buscá-lo. Em casa perguntou-lhe o porquê daquilo. 
_ Por que você fez isso Pedro? Eu já não te dou tudo que você quer, por que roubar? 
_ Eu sei mãe, desculpa, mas eu achei que era legal, pensei que não fosse acontecer nada. Desculpa! 
_ Tudo bem Pedro, mas, por favor, não faça mais isso. Eu te amo tanto e não quero um filho marginal. Venha aqui. 
Deitado no colo da mãe o garoto dormiu como um anjo, fazendo com que ela aceitasse o acontecido e acreditasse que aquilo jamais aconteceria novamente, porém não foi como ela imaginava. 
Toda noite Pedro chegava de madrugada, irritado, sem dar explicação de nada; enquanto a mãe ficava sentada no sofá esperando seu menininho chegar. Dona Sônia não sabia mais o que fazer para conseguir fazer Pedro parar com as coisas erradas que estava fazendo. A mulher havia buscado o garoto na delegacia mais de três vezes por bebidas e tentativas de roubo. 
Quando Pedro fez 15 anos o pai, irresponsável deu-lhe um carro velho para “brincar” como disse o homem quando lhe deu o presente. No mesmo dia o garoto pegou o carro, mesmo com a mãe insistindo para não ir e saiu com os amigos. Naquela noite Sônia sabia que algo de ruim iria acontecer, seu filho era irresponsável demais para dirigir. Ficou rezando até adormecer, pedindo proteção ao garoto, contudo, na madrugada do mesmo dia, o telefone de Sônia toca. 
_ Triiiimm, triiimm... 
_ Alô! 
_ Dona Sônia? 
_ Sim sou eu, pois não! 
_ Dona Sônia a senhora pode comparecer ao hospital central, por favor? 
_ O que aconteceu, é o Pedro, aconteceu algo com ele? O que aconteceu moça? Ele está bem? É o Pedro, responde, por favor! 
_ Sim, mas fique calma, seu filho sofreu um acidente de carro, mas não corre risco de vida. Venha até o hospital, obrigada! 
Sônia desligou o telefone, trocou de roupa o mais rápido possível. Desesperada foi até o hospital onde estava seu filho, deitado em uma cama cheio de aparelhos e com o corpo completamente machucado. 
Pedro havia batido defronte a uma carreta carregada com toras, além da batida forte as toras de cima da carreta caíram sobre o carro amassando-o, deixando todos os amigos de Pedro em óbito e ele em coma. 
A mãe chorou a noite toda ao lado da cama onde o filho estava, se perguntando o que tinha feito de errado para que o menino, tão jovem, se tornasse aquilo que se tornara. 
Passado se três dias em coma Pedro abriu os olhos, perguntando o que tinha acontecido e onde estava. A mãe, como sempre ao seu lado respondeu contando o que acontecera. Pedro começou a chorar e se lamentar pelo fato e pelo que fizera. Pediu e implorou desculpas a sua mãe, a qual chorando abraçada a ele o perdoou como sempre fazia. 
_ Mãe, não estou sentindo minhas pernas, por quê? O que está acontecendo, minhas pernas. 
Pedro começa a chorar questionando o que estava acontecendo, o médico ao lado do garoto pede para ele ficar calmo e lhe explica: 
_ Pedro devido à forte pancada durante o acidente, você não poderá mais andar, em consequência de fraturas nas vértebras rompendo a medula. Para você voltar a mexer as pernas terá que acontecer um milagre. Sinto muito Pedro, mas não há o que fazer. 
O garoto muito nervoso, já com a morte dos seus amigos, entra em prantos, dizendo que preferia ter morrido junto com seus colegas do que ter ficado vivo sem poder andar. Sua mãe senta a beira da cama com a cabeça do garoto em seu colo e o consola, fazendo-o adormecer. 
Uma semana depois, o menino foi liberado pelos médicos, voltando para casa em uma cadeira de rodas. 
Pedro se tornou um garoto triste, desanimado que não fazia nada, ia para a escola apenas porque sua mãe mandava e como ele sabia que já tinha causado muito problemas e a feito sofrer demais, fazia o que ela pedia. Seu dia se resumia em comer, dormir, TV e escola. 
Sônia começara a trabalhar em um centro de reabilitação para pessoas que haviam adquirido deficiências depois do nascimento em consequências de acidentes ou outro tipo de fator, menos o genético. O trabalho estava ajudando-a estimular o seu filho, a entendê-lo e a incentivá-lo. O que estava sendo muito difícil. 
Certo dia de tanto Sônia insistir Pedro acompanhou-a até a clínica passando por diversos setores. 
_ Essa é a sala das pessoas que têm paralisia cerebral, Pedro. Aqui eles fazem exercícios, ouvem música, estudam, pintam, fazem todo e qualquer tipo de atividade recreativa que estimulam a melhora. 
Sônia mostrou toda a clínica para seu filho, esperando que o menino se sentisse motivado pelo que estava vendo, porém nada fazia com que Pedro sentisse vontade de melhorar. 
_ Filho essa sala são de crianças que sofreram acidentes assim como você. Alguns são tetraplégicos, paraplégicos, alguns perderam outros sentidos... Aqui eles praticam esportes, conversam, trocam ideias. 
Pedro olha aquelas crianças, assim como ele, em cadeiras de rodas, outras deitadas em uma cama sem movimentar nenhum dedo, apenas os olhos, aquilo o comove. 
Ao irem embora o garoto comenta com sua mãe que gostaria de ajudar aquelas crianças, mas que não podia porque agora era inválido. Chorando falou que não tinha mais o que fazer, que para ele não existia mais vida. 
_ Eu não sirvo para mais nada mãe, não posso andar, não posso fazer mais nada. Tudo que tive um dia joguei no lixo. Sou um inconsequente que nunca se preocupou com nada, além de um assassino, sou também um inválido. Sinto muito mãe, muito mesmo, me desculpe por tudo que fiz, eu não queria ser assim! 
Sônia ouviu tudo com atenção e não disse nada, deixou o menino refletir a noite toda. 
Na manhã seguinte, Pedro acordou tomou banho colocou sua guitarra sobre a perna e foi para a cozinha tomar café. Sônia achou estranho o menino, depois de tanto tempo, acordar cedo e aparecer na cozinha para tomar café tomado banho e com a guitarra em mãos. Há tempos ela não o via tão animado. 
_ Mãe eu pensei muito e sei o que posso fazer para ajudar aquelas crianças. Vou dar aulas de guitarra, ensiná-las a tocar. Quero trabalhar como voluntário! 
Sônia com os olhos cheios de lágrimas levou o garoto até a clínica e explicou ao diretor o que seu filho queria fazer. 
_ Claro Pedro, você pode trabalhar conosco, será uma honra tê-lo dentre nossos funcionários. 
Há 7 anos Pedro trabalhou na clínica como professor de música, formando 14 turmas. 
Com 25 anos se casou com uma das funcionárias, se tornando o dono da, agora chamada, Clínica Esperança de Sônia, em homenagem a mãe que falecera há um ano, em consequência, de uma parada respiratória. 
Pedro agora se tornou o pai Pedro, esposo Pedro e empresário Pedro. Aquele garoto inconsequente de antes morreu junto com seus amigos, no dia do acidente. 
Na inauguração da nova clínica, Pedro homenageou a mãe agradecendo tudo que ela fez por ele. 
_ Hoje, inauguro essa clínica com o nome Esperança de Sônia em homenagem a minha mãe, aquela que me fez ser o que sou hoje, aquela que mesmo sofrendo com meus erros nunca perdeu a esperança de me fazer tornar alguém melhor, mesmo depois de tudo que aconteceu e que eu a fiz passar ela conseguiu alcançar seu objetivo. Transformar-me em alguém bom, com escrúpulos, responsável e consciente
Mesmo com a voz embargada, o garoto continua:
_Então agradeço muito a tudo que ela fez para mim. Não importa onde você esteja mãe, eu a amo muito e sempre serei grato por tudo que você fez, mesmo estando sozinha, conseguiu aguentar tudo e ser “A Minha Mãe”. 
Todos com os olhos cheios de lágrimas aplaudem em pé, o garoto paraplégico que começou a viver depois de “perder a vida”.
Por Mariane N. Souza

Apresentado na aula de Literatura Infanto Juvenil

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O tempo voa

O ano passou e nem percebemos, momentos ficaram na lembrança, vidas foram perdidas, pessoas nasceram e aqui estamos nós presenciando mais um fim de ano. Dezembro está próximo, mês da magia, magia do Natal. Ah! O Natal, melhor época do ano, onde as famílias se reúnem e a paz faz parte das casas de todas as pessoas. Clima de festa, noites quentes, a melhor época do ano. Há quem diga que o Natal não deixa de ser uma data como outra qualquer e que a tristeza e a emoção que reina, embora essas controvérsias Nele a noite é mágica, onde os sonhos realizam e o escuro da noite se torna colorido, fazendo as estrelas do céu dançarem na emoção da noite natalina. 
Além do mais o Natal é nada mais, nada menos que o Aniversário de Jesus Cristo, nosso salvador, que deu a vida pelo seu povo. Então nada mais justo que comemorarmos com alegria, sermos solidários... Natal é época de ajudar o próximo, de fazer aquilo que não foi feito durante o ano. Deixar de lado a arrogância, o preconceito e “curtir” a noite natalina de forma homogênea. 
Ruas com casas enfeitadas, pessoas alegres rindo pelas calçadas, todos se cumprimentam, histórias por todos os cantos, crianças brincando, musicas, festas... O Natal é a mais impressionante data já vista, é como se o ódio, a raiva, a mentira, a tristeza fosse esquecida por todos se sobressaindo a paz, a alegria, a verdade, a positividade, o respeito e acima de tudo a solidariedade. 
No Natal viver é uma dádiva, onde se tem prazer em dizer um “oi”. 
Ah! O Natal... Nada maior muito menos, melhor que o Natal.


Por Mariane N. de Souza


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Passarinho das penas amarelas

Hoje venho contar a história
De um pássaro que não sabia cantar
Guardo sempre na memória
Seu esforço para assobiar

Bichinho do bico laranja
Que pousa todo dia em minha janela
Mas o talento que esbanja
Sai somente das penas amarelas

A voz do passarinho
Fica presa no ar
Mesmo tentando de devagarzinho
Não consegue cantar

O pescocinho com força estica
Tentando o problema resolver
Mas a voz presa fica
E o pequenininho começa a aborrecer

Todo dia na janela do meu quarto
Tenta me acordar com um assobio,
Mas levanto, deixo-o e parto
E ele sai triste e arredio 



Certo dia ele cansado 
Desistiu de tentar assobiar
Enquanto voava desanimado
Começou a se lembrar


Dos ensinamentos da velha coruja
De quando estava aprendendo a decolar
“Não devemos entregar de lambuja”
Aquilo que estamos a sonhar

Relembrando o passarinho se alegra
E volta seu objetivo buscar
O esforço que nunca nega
Fez-se o sonho realizar

Porém sua voz sai apenas
Nas manhãs de vento quentinho
Aonde chega balançando suas penas
Na janela do meu quarto, onde fica seu ninho
Por Mariane N. Souza


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Enganados pela lua

O frio da campina acompanha todos que lá moram. Lá o ano ainda não passou, estão todos esperando para a chegada do verão, porém enquanto é inverno aproveitam suas lareiras e chocolates quentes para contarem histórias, sentados ao chão. 
O lugar é um dos mais bonitos já vistos em todo o mundo. As casas cercadas por capins verdinhos e macios. De manhã o orvalho que cai das folhas deixa a paisagem ainda mais espetacular. As casas são pequenos chalés, rodeados de árvores altas, com folhas verdinhas, fechadas por cercas de madeira branca e limpa. Ao fundo existe um bosque, que no verão, atrai turistas de todos os lados. Lugar lindo e perfeito para quem gosta do ar límpido e mata verde, durante o dia. 
Contudo mesmo com tanta beleza o lugar reserva histórias assombrosas onde apenas pessoas que já passaram por lá, conhecem. Os moradores do lugar, dizem que nas noites de lua minguante as árvores se mexem, tirando as raízes do fundo da terra, capturando pessoas e a partir de então nunca mais é visto aquele foi capturado. 
Um senhor, conta que sua esposa e filhos foram levados pelas árvores do bosque e afirma também que pequenos serem habitam as copas dessas árvores, mas só saem de suas casas nas noites, porque o sol queima a pele dos “estranhos seres” por não serem cobertos por nada, além da pele branca e reluzente. Dizem também que eles comem alguns dos cogumelos azuis que nascem nas montanhas rochosas ali perto e que o dia em que não houver mais cogumelos, os serem humanos é que servirão de alimento para esses seres. 
Alguns contam que os pequenos monstrinhos já se alimentam de carne humana e por isso as árvores capturam quem passa pelo bosque depois que escurece. Dizem também que a lua minguante é a principal aliada dos “bonequinhos” e das árvores vivas, por ser quando a Lua, o Sol e Terra estão alinhados. 
Poucas pessoas tiveram coragem de enfrentar as árvores e seus moradores, os poucos que tiveram coragem, nunca mais se ouviu falar. 
Essa é a história da Campina dos Seres Azuis e Árvores Vivas. Se alguém, algum dia tiver coragem de passar por esse lugar nas noites de lua minguante tem minha admiração, por mais curiosidade que eu tenha, jamais voltarei para lá.

Por Mariane N. Souza


A prática da leitura na vivência social

Muitos leem por obrigação, outros por satisfação, mas pelo menos um pouquinho leem. Hipocondríacos leem bulas de remédio, médicos livros de medicina, advogados leis, crianças livros de fantasia, historiadores livros de história..., mas todos leem. Tinham, pelo menos, que ler. 
Hoje em dia, mesmo com a evolução da tecnologia não há quem não leia. Quem liga um computador e acessa alguma rede social precisa ler para entender o que lá está inserido. Além de notícias em noticiários online e tudo mais. 
Adolescentes, quando estão na escola, dizem que não sabem o porquê daquilo, porque aprender a ler. Que professor nunca ouviu alunos dizerem: _ Ah! Professor ler? Por que, que diferença isso vai fazer na minha vida? 
Pergunta importantíssima e óbvia de ser respondida. Imagina nossa vida sem leitura, olharmos para uma placa ou um cardápio e não sabermos para onde ir ou o que pedir para saciar nossa fome. Isso seria, acima de tudo, constrangedor. Hoje há vários métodos para ser alfabetizado, saber ler e escrever. Até mesmo adultos e idosos têm esse privilégio, vários recursos existem para saciar essa cobrança da sociedade. 
Assim sendo, percebemos a importância da leitura na nossa vida, no nosso dia a dia. Livros podem ser apenas folhas com “rabiscos”, mas são os principais motivadores e transformadores do ser humano. São pequenos objetos que transformam vidas e transmitem conhecimento, ampliando visões e formando ignorantes nos maiores intelectuais da face da Terra.

Por Mariane N. Souza

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Simples feito o amor

Sorriso simples no rosto 
Comum feito água 
Os olhos brilhantes do moço 
Apagam resquícios de mágoa 

A voz doce toca o ouvido 
Daquela que sonha de olhos abertos 
Com um momento ao lado do proferido 
Pelas bocas dos espertos 

Abraços seu corpo sente 
Em momentos de carência 
Relapsos de uma mente 
Levada pela “demência” 

As pupilas se dilatam 
E os olhos arregalam 
Ao ver passar caminhando 
Aquele que muitas bocas calam 

Calam pela doçura 
Até mesmo com beijos ardentes 
Sentimento que se mistura 
Entre sensações quentes 

Os versos simples da boca 
Surgem na voz da menina 
Que leva consigo o moço 
Passeando pela campina

Por Mariane N. Souza


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ass.: Dor

Minha vida é um cubículo, cercada por paredes invisíveis, por onde minha voz ecoa fazendo-me pensar naquilo que ainda não fiz. Às vezes sou sufocada pela própria voz, necessitando gritar, mas ouvindo apenas o sussurro da minha alma. O sarcasmo e o cinismo me rodeiam, a mentira anda ao meu lado, esperando para ser “convocada”. 
O vento que me toca é diferente dos outros, trás com ele poeira que suja minha garganta, me impedindo de falar. 
O sonho não é sonho, pesadelos consomem minha noite, quando a insônia vai embora, oráculos veem maus presságios e a lua escurece ao ver-me passar. 
Mesmo assim, busco a límpida água que limpa minha alma, retirando toda poeira de minha garganta, expelindo aquilo que me faz mal, ando de mãos dadas com a verdade e compartilho meus dias com a esperança. Procuro nos pesadelos o aprendizado, buscando o estímulo do sonho bom; enquanto isso as paredes são explodidas com meu grito de libertação, deixando minha alma livre para seguir seu caminho rumo ao azul do céu.
Por Mariane N. Souza


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O fim está próximo? Blasfêmia!

Nasceu neste último domingo o bebê de número 7 bilhões, ou seja, temos mais um para brigar por seu espaço aqui na Terra. Danica May Camacho nasceu no domingo, dois minutos antes de meia-noite, nas Filipinas.
Só o Paraná, possui 399 municípios, com ao todo 10.439.601 milhões de habitantes, cujo, os moradores ocupam uma área de em torno 199.314,850 km², ou seja, muita gente para pouco espaço.
Penso daqui a 20, 25 anos quantas pessoas estarão habitando na Terra. Será que ela suporta tanto? Muitos reclamam do aquecimento global, da violência, disso daquilo. A cada 1 km² há um que reclama de algo, porém o mesmo não se preocupa em fazer algo para contribuir. Falam, falam, falam..., mas fazer que é bom, nada.
Algo que virou clichê é dizer que se todos agirem juntos o mundo pode melhorar, isso é óbvio, é claro. Todos dizem, também, que se a Terra está como está é culpa dos seres humanos, isso também é óbvio, não precisa ser um Einstein para chegar a essa conclusão. Se o homem veio para a Terra ele faz dela o que bem entende e assim como na vida é preciso fazer escolhas, habitar um lugar também é necessário fazer escolhas seja ela boa ou ruim. O nosso Planeta é constituído por muitas belezas naturais, mesmo com tanto desmatamento, com tanta poluição e tudo aquilo que todos reclamam, ele continua tendo fenômenos e lugares incríveis. Um desses fenômenos, que ainda não pude presenciar, mas que ainda estarei lá para vê-la é a Aurora Boreal, o mais incrível fenômeno natural já visto, algo inexplicável, extremamente espetacular.
Por mais incrível que sejam esses fenômenos, é raro ouvir alguém falando, alguém dizendo que o nosso Planeta é lindo, que a nossa Terra é esplêndida. Ouvimos apenas pessoas se lamentarem que nosso Planeta está no fim, que logo ele vai acabar, contudo lhe pergunto: Você é Deus, tem alguma bola de cristal que mostre o futuro, é algum vidente que nunca erra nada e tem contato com nosso Senhor Poderoso? Não! Posso afirmar com toda certeza que não. Então pare de tentar ser Deus, você não tem poderes para saber do futuro.
A ciência é imprescindível para nossa existência, para nossa vida e nossa vivência em cima dessa bola azul, porém tenta explicar o inexplicável, ver o invisível... Não há explicações para as ações divinas, portanto vamos abrir os olhos e enxergar com a alma, com o coração acreditando naquilo que somos e podemos fazer para então ajudar nosso planeta, ao invés de criticar, reclamar e se lamentar por coisas que ainda não aconteceram.
Não é porque nasceu mais uma criança que o mundo vai acabar. Ontem enquanto assistia TV ouvi em um certo programa que a Terra está “desmoronando” e que com esse crescimento demográfico teremos pouco tempo de vida. Como alguém pode saber o dia que vai morrer? Não há essa possibilidade, a não ser que alguém sofra de alguma doença fatal em que o médico lhe dê a quantidade de dias para viver, mas fora isso, não. Não existe ninguém para dizer o dia da nossa morte, o dia que Deus voltará para nosso mundo para acabar com os pecados. Então, caro leitor, vamos pensar mais em nosso atos, nas consequências que eles causam, vamos continuar nos preocupando com nosso Planeta e agindo para melhorá-lo, mas acredite que há um Ser Poderoso e que só Ele pode saber o que será de nós no futuro, pare de se preocupar com bobagens e se preocupe com aquilo que vale a pena.
Deixe de lado problemas insolúveis e inexistentes e acredite no real e Naquele que te faz respirar a cada segundo.
Por Mariane N. Souza

Danica May Camacho, bebê de número 7 milhões 

domingo, 30 de outubro de 2011

A idade da razão

Hoje assisti a um filme, o qual me fez escrever essa postagem.

O filme conta a história de uma mulher de 40 anos que começou a receber cartas que escrevia para ela mesma aos 10, as quais a fizeram lembrar do seu passado e seus sonhos, transformando-a de alguém arrogante, para se tornar a sonhadora do passado.
Então me perguntei: O que sou hoje? Aquela que fui quando criança?
O que você é hoje? Tem sonhos? É o que sonhou ser quando tinha 10 anos ou deixou de viver seus sonhos para então correr atrás do dinheiro?
Quando criança sonhava em ser professora, ajudar meus pais, fazer faculdade, ser independente. Mas algo que me recordei durante o filme foi um sonho que estava escondido dentro de mim e que tentarei realiza-lo a partir de agora. Ajudar pelo menos uma vez ao ano pessoas necessitadas, não quero ser Madre Tereza de Calcutá, apenas fazer meus sonhos se tornarem realidade.
Fiquei me perguntando o que nos tornamos depois que crescemos. Quantas pessoas quando pequerruchos não sonharam em serem astronautas, jogadores de futebol, veterinários, artistas ou até mesmo “caçadores de dinossauros” e agora se tornaram pessoas arrogantes, que pisam e passam por cima dos outros para alcançarem seus objetivos. Mas que objetivos? Deixar os valores de lado e viver aos pés do dinheiro? Isso não é um objetivo e sim mais uma forma de não aproveitar aquilo que Deus lhe deu. A vida.
Lembra de quando pequeno que subia em árvores, corria, brincava, não se importava com o que tinha ou seus amigos tinham, gostava mesmo é de rir e se divertir? Quem nunca se deitou no chão e ficou procurando nas nuvens objetos, animais...? Confesso que faço isso até hoje e olha é melhor que antes.
O tempo de vida é tão curto para perdermos tudo aquilo que construímos quando crianças. Hoje vejo que reclamo até mesmo daquilo que não existe e que vivo constantemente em busca de valores materiais, esquecendo daquilo que já fui um dia. Não importava se estava sol ou chuva, frio ou calor, sempre com sorriso no rosto, brincando encontrando soluções para meus problemas e não dificuldades para resolvê-los.
Quando pequenos sempre temos problemas, mas os resolvemos sem nem mesmo ver. Quem nunca teve um brinquedo quebrado, aquele que adorava, mas quebrou e o que fazia? Concertava! Precisava de ajuda? Às vezes. Incomodava-se em pedir? Não! Hoje os problemas fazem parte da nossa vida e o que fazemos? Criamos mais situações para dificultá-los e esquecemos que ajuda podemos pedir a qualquer momento, mas o orgulho e arrogância não deixa.
Esquecemos daquilo que somos para nos tornar aquilo que jamais gostaríamos de ser.
Olhe para trás, reveja a sua trajetória, lembre-se dos teus sonhos, das aventuras de quando criança, seus amigos, brincadeiras, imaginações... Aqueles momentos simples, mas que se tornaram inesquecíveis e maravilhosos. Lembre-se do que foi quando criança e se ainda está sendo a mesma pessoa, se não está, ainda está em tempo para voltar atrás.
A natureza é exemplo disso, o macaco quando nasce é um macaco ele cresce sendo um macaco. A rosa quando nasce é uma rosa, não importa se tem espinhos, se terra é boa ou não ela continua sendo uma rosa até seu último desabrochar. Será que continuamos sendo o que fomos?
Lembra que chazinho da mamãe que curava qualquer dor ou machucado? E que os brinquedos que o papai fazia nos divertiam mais que qualquer outro comprado? Ainda está em tempo de realizar seus sonhos de criança. A sua vida ainda é sua vida, faça dela aquilo que sempre sonhou e não aquilo que pensa ser o melhor. Se está longe das duas raízes, da sua família, não seria agora a hora de ir atrás deles e tentar reviver aquilo que não perdeu-se durante o tempo? Reflita sobre isso e faça aquilo que seu coração manda, não o que a razão “acha” correto.
Finalizarei a postagem com uma frase e espero que essas palavras te tornem alguém melhor do que é hoje e faça com que seus sonhos de criança continuem fazendo parte da sua vida.
“Torne-se aquilo que você é” (Picasso)
Por Mariane N. Souza

Tenha sonhos grandes para não perdê-los de vista


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Rugas do amor eterno

Em uma casa de madeira no interior, morava um casal de idosos casados a mais de 70 anos. Os filhos, um menino e duas meninas, já casados e pais, os visitavam no máximo três vezes por ano. Os dois viviam uma vida simples, sem muita mordomia nem regalias, porém juntos, trabalhando noite e dia conseguiram fazer dos seus filhos excelente profissionais. O mais velho tornou-se engenheiro, a menina advogada e a mais nova recém formada em odontologia, os três com uma vida sossegada e aconchegante.
Durante a infância das crianças a mãe, trabalhava como professora; enquanto seu esposo era carpinteiro. Algo que admirável entre os dois era o convívio, o amor que existia dentro da casa. O pai das crianças tinha um quartinho do lado de fora onde construía e reformava móveis durante todo o dia. Várias vezes ouvia-se o homem rindo com seus filhos enquanto criava brinquedos para suas crianças. A mãe, professora, chegava em casa com o almoço na mesa e as crianças prontas para irem à escola. Seu esposo, dedicado, deixava tudo pronto esperando a chegada de sua amada. Durante toda a tarde os dois trabalhavam juntos. Após a casa arrumada, a mulher descia pelas escadas que rangiam avisando ao carpinteiro a vinda de sua professorinha. A noite era da família, onde todos conversavam, brincavam e riam. Uma família estruturada que tudo fez para que a união e amor reinassem dentro da casa. Nos domingos o café era colonial, contudo a mulher recebia na cama seu café, com um bilhete de bom dia e uma rosa branca, jamais acabará o romantismo entre os dois. O tempo foi passando e as crianças crescendo o mais velho agora tinha 25 anos, saiu de casa para procurar mais oportunidades, passado-se 2 anos era pai de família casou-se e teve um filho. No aniversário de 15 anos da filha mais nova uma tragédia aconteceu e o lugar onde o homem trabalhava pegara fogo. Anos de construção, anos de investimento, de trabalho indo embora com as cinzas, com a fumaça... com o vento. Mas não desistiram, a mulher persistente como sempre, trabalhou com mais garra e conseguiu ajudar seu esposo reerguer e voltar a trabalhar. Agora era a vez das meninas, as duas saíram de casa, foram morar na capital, estudar, trabalhar e construir suas famílias, assim dito e assim feito. Mas lá no interior ainda existia aquele casal que esperava os filhos três vezes ao ano de braços abertos e coração na mão.
70 anos de casados, três filhos, dois aposentados, uma casa de madeira no interior. Casa arrumada, com bolo de fubá em cima da mesa (favorito das crianças), quitutes, suco e café com leite. Na varanda o casal de mãos dadas um em cada cadeira de balanço e a cabeça encostada, a espera dos meninos para todos juntos comemorarem o aniversário de casamento, ao lado uma mesinha com um rádio que tocava uma música suave e calma. Dia era claro, com brisa leve. De repente carros chegam, crianças correndo, portas de carro batendo. A família chegou. Ao subirem os degraus da varanda os sorrisos se fecham, as bocas se calam, as lágrimas caem e o silêncio predomina. Enquanto na face dos velhos amantes o sorriso leve permaneceu, com as cadeiras balançando e as mãos enrugadas e frouxas com dedos entrelaçados, demonstrando o amor que ali viveu.

Por Mariane N. Souza


sábado, 15 de outubro de 2011

A você professor...

Professor seres incríveis de paciência inacabável, amor materno/paterno e carinho infinito. Lembro-me de quando criança que olhava admirando a forma de ensinar de meus professores. Meus olhos brilhavam ao observar cada aula, cada palavra pronunciada. O alfabeto cantado, os números contados... Tudo me fascinava, cada minuto, cada segundo ao seu lado, professor. Lembro-me das vezes em que pegou a minha mão e me ensinou a fazer a letra “A”, lembro-me do incentivo, do estímulo, da importância que o senhor dava ao que seus alunos faziam. Lembro-me de suas mãos em meu rosto secando lágrimas que caíam por ter se machucado. Lembro-me das vezes que o senhor me pegou no colo e disse que meu futuro seria brilhante. Lembro-me de quando olhava para nós, seus alunos, e dizia o quanto nos amava. Adorava estar ao seu lado professor, sua presença me fazia suspirar... Sua imagem ainda é viva em minha mente, clara como se fosse o agora. Obrigada professor por acreditar naquilo, às vezes, ninguém acreditava, por ouvir, ver e sentir seus alunos com o coração e não com o ouvido. 
A você professor a minha admiração e a minha gratidão por ter feito o que sou hoje. A você professor a minha alegria e a minha lágrima de felicidade por estar colocando em prática aquilo que me ensinou. Que seus ensinamentos passem de geração para geração assim como tem sido todos esses anos. A você professor os meus parabéns por esse dia especial... 

15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR – PARABÉNS A TODOS ESSES MEDIADORES DO SABER
Por Mariane N. Souza

Vídeo retirado do youtube

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Alicerce Abstrato

Educação é fundamental para toda e qualquer pessoa desde o nascimento até o último dia de vida. A partir do momento que aprendemos a olhar em algo e entender aquilo que olhamos ou ouvimos é educação, não educação de “bom dia”, “obrigada”, mas educação de conhecimento, de aprendizado, algo que jamais acaba, não é porque você aprendeu a ler e a escrever que sabe tudo, não é por saber utilizar o computador que sabe tudo. Assim como nosso nariz e nossa orelha cresce até o último dia de vida, nossa mente também não para de adquirir informações, cada dia, cada minuto, cada segundo é uma forma de aprender, não aprendemos apenas na escola, mas também precisamos dela para desenvolver. Imagina se ela não existisse se não houvesse o conhecimento formal passado nessas instituições, por mais “vago” que sejam alguns conhecimentos passados é fato que todos contribuem para a nossa formação pessoal, profissional e espiritual. Assim sendo e analisado dessa forma não entendo porque as pessoas banalizam tanto a educação, porque não dão importância para aquilo que nos faz o que somos. 
Hoje me deparei com algo que no momento entristeceu, pude ter certeza, que realmente a educação está em segundo plano para toda e qualquer pessoa, até mesmo um veículo de informação não da importância a aquilo que ele mesmo necessita que é a educação. Se não houvesse o ler e o escrever o que seria de jornais, revistas, livros? É óbvio que não existiriam, agora pergunto: por que esnobam, não olham a educação de uma forma ampla e diversificada assim como as outras profissões? Se não existisse a ortografia como seria a escrita, será que todos entenderiam? A gramática, e ela se não tivesse importância para onde iria à concordância, falaríamos como índios até hoje, não é a evolução que procuramos? A matemática está em tudo, até mesmo em suas mãos. A geografia é o Universo de que você faz parte. A história é aquilo que já viveu, vive e ainda viverá, tudo se tornará história. Lembra-se do seu primeiro beijo, nascimento do seu filho, aniversários, festas? Pois então, tudo virou história. Ela ainda é sem importância para você? A educação faz parte da vida de todo mundo, não há viver sem o aprender. Do mesmo jeito que o engenheiro realiza uma obra, o educador “fundamenta” um indivíduo (a). Se a casa não tem alicerce ela cai e se uma criança não passa por uma escola, o desmoronamento é maior ainda, pois não envolve apenas tijolos, cimento e materiais concretos e sim a emoção, o psicológico, a vida. 
Enfim pense mais antes de banalizar a educação, não a generalize, saiba que a mesma importância que é dada a um médico por salvar uma vida é preciso dar ao educador por ser o fundamentador de várias vidas.

Por Mariane N. Souza




Liberte-se

Enfim pude conseguir proferir.
Liberdade do coração, mas não da razão.
Sentimentos vãos que foram para no chão.
Agora, depois de poucas demonstrações alcancei o outro lado.
O lado escuro, sombrio e pouco habitado.
Nada resiste deste lado, flores não afloram, e até um pedaço de chocolate é recusado.
Alguém poderia manisfestar e dizer que isso só não acontece comigo?
Ah! Tal manifestação não pode ser feita deste lado.
Prefiro assim, ser gelado.


Por Bárbara Lima




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Minha, tua, nossa... Mãe Rainha, Nossa Senhora Aparecida


Vídeo retirado do youtube

Hoje não venho escrever nenhum poema, nenhum artigo, nenhum gênero literário... Venho agradecer a Mãe Rainha por tudo que me tem concedido, por abençoar-nos e ter paciência com seus filhos pecadores.
OBRIGADA Ó MINHA MÃE POR TUDO QUE EU TENHO, PELOS MEUS AMIGOS, MINHA FAMÍLIA, MINHA VIDA... OBRIGADA Ó MÃE POR ESTAR SEMPRE AO MEU LADO, ME COBRINDO COM SEU MANTO... EU AMO-TE Ó MÃE QUERIDA E SEMPRE DEFENDEREI SEU NOME DIANTE DE TUDO E TODOS.

AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA SENHOR É CONVOSCO  BENDITO É O FRUTO ENTRE AS MULHERES, LIVRAI-NOS DE TODO O MAL, AMÉM.
SANTA MARIA MÃE DE DEUS ROGAI POR NÓS PECADORES AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTE, AMÉM.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Inconsciente

Incógnitas da vida nos ensinam a refletir, sobre o que exatamente quereremos.
Tal dúvidas, dividas entre a facilidade e dificuldade. Entre o esforço ou sem esforço.
Meramente, tal lucro será melhor se existir mais esforços?
Ou valerá a pena não passar por dificuldades? Consistirá mais valores?
Busca intensa por soluções.
Solução essa que gera com frequência consequências a minha mera vida vã.


Por Bárbara Lima



Você já fez uma boa ação hoje?

Hoje, enquanto ia para o trabalho observava como se comportam as pessoas. De início percebi que as elas não são mais prestativas como eram antes, mas também pude observar que existem, ainda, algumas pessoas que se importam com o próximo. 
Certo dia passava pela rua quando percebi um senhor deitado na calçada, onde, com certeza, lá havia passado adormecido. Aquela noite fora gelada e ele possuía, apenas com um cobertor pequeno. As pessoas passavam ao seu lado olhavam de canto com nojo, medo, críticas e continuavam andando como se ele fosse um animal qualquer, com menos valor que um cachorro. Algumas cochichavam dizendo “por que não procura um emprego, não vai trabalhar cadê a família?”. Essas frases eram comuns ouvir, porém não passava pela cabeça de ninguém o porquê de ele estar naquele lugar, daquele jeito, passando fome, frio, sem lugar para morar, dormir. Enquanto nós estamos quentinhos no aconchego do nosso lar, com família, comida e todas as mordomias que nos são concedidas, essas pessoas estão no frio, na chuva, com fome às vezes até com sede e mesmo assim ninguém ajuda, todos criticam, mas não há uma alma caridosa para ajudar; talvez se fosse um cachorro teria mais possibilidade de ajuda que um pobre ser humano. 
A solidariedade, o ser prestativo já se extinguiu junto com toda a “bondade pura” que o homem já teve. Não é difícil dizer bom dia para alguém que passe na rua, dizer um olá, responder com um sorriso, ajudar alguém, ser simpático, educado... Existem tantos gestos, simples, mas tão lindos e que te trazem uma satisfação tão grande. Às vezes um “oi” ou “bom dia” é o que basta para tornar o dia de alguém melhor. Será que não está na hora de começarmos a prestar atenção no próximo, deixar nossa arrogância de lado e começar a agir? Não é difícil ajudar, além de tudo, querendo ou não, cada dia que passa é um a menos na vida e um segundo perdido é um segundo não vivido, então vamos pensar mais antes de fazer algo, criticar e quem sabe ajudar até mesmo com um sorriso.

Por Mariane N. Souza

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Materialismo X Simplicidade, qual te faz mais feliz?

Viver é estar sujeito a brigas, desentendimentos, medos, felicidade, sonhos, realidade, tombos, realizações, sorrisos, choros, amizades, amores, perdas...
Vive aquele que não se importa com o que pensam, que falem... Não importa se hoje é segunda ou se hoje é domingo, se está sujo ou limpo, se tem dinheiro ou não. Para aquele que sabe viver não há dia ruim, não há sorriso falso, não existe enganação. No seu vocabulário só existe a palavra, esperança; enquanto o nunca, não tem lugar. O nunca não existe.
Já dizia Gonzaguinha “... Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e catar a beleza de ser um eterno aprendiz...” Ele sim estava certo, não ter vergonha de ser feliz. Não importa o que pensam ou deixam de pensar, a sociedade é diversificada, não existe pessoas iguais. E aquele que pensa que viver é andar na moda, ter corpo definido, roupas caras, carro novo na garagem, saber tudo e ter tudo de tecnologia, ter dinheiro... Esse sim não sabe o que é viver, sua vida é o que ganha e consequentemente gasta, a materialidade reina; enquanto o espírito que realmente importa está guardado, trancado a sete chaves e com certeza podre.
Não importa seu status, sua beleza, seu dinheiro. O status acaba, a beleza e o dinheiro também... Só ficarão lembranças... lembrando que lembranças, boas ou ruins, é você quem faz.
Por Mariane N. Souza


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Educação moderna na era da banalidade

A educação passou por uma longa trajetória até chegar aos dias atuais. Em 1500 após a chegada dos portugueses nas terras brasileiras vieram também os jesuítas para catequizar os índios, tendo essa catequese como forma de ensino, alguns anos se passaram e a educação do império surgiu, ainda com influências religiosas. A república nasceu logo depois com a educação elitista, onde apenas os que tinham maior poder aquisitivo podiam gozar desse ensino, com o passar do tempo anunciou-se o regime militar, onde o ensino era militarizado com influências políticas. Em 1988 surgiu a Constituição e a partir daí começou-se a regularizar a educação, dando mais ênfase no ensinoaprendizagem. A Lei de Diretrizes e Bases – LDB surgiu e em 20 de dezembro de 1996 é criada a Lei 9394 que, atualmente, norteia a educação brasileira.
Houve épocas em que a educação era vista como algo desnecessário, onde existia apenas para abrilhantar a mente dos desocupados, com o tempo a concepção foi mudando, existindo um conceito diferente sobre o ensinar e o educar. Contudo essas mudanças trouxeram, além das consequências positivas, as negativas para dentro das instituições escolares.
Nos primórdios, por mais rígida que era vista a educação, existia um respeito maior entre professor/aluno, onde reinava o poder do professor, ele era o soberano e não importava onde estivesse era visto como PROFESSOR, sua postura era sempre essa, aquele que tudo sabe. Hoje não há essa divisão de poder entre educador e educando, tanto um quanto o outro é visto da mesma forma, melhorando o aprendizado e estimulando uma interação entre os dois, saindo do tradicional iniciando algo novo, construtivista, contemporâneo, ensinando-os a se tornarem jovens mais críticos, com uma visão ampla do que é sociedade. Porém essa mudança acarretou consequências drásticas, como as que vemos hoje em meios de comunicação. Professores que apanham de alunos, recebem ameaças, chacinas em escolas, alunos de 10 anos atirando contra o educador e se matando. Professores que levam drogas para as escolas, abusam de seus alunos, ou seja, uma falta de vergonha para as instituições escolares de todo o país. Até onde vai isso, de que vale tanta mudança, para onde foi o respeito e a postura do professor para com o aluno e vice versa? De nada adiantou toda essas mudanças. Metodologias novas foram criadas, a educação se tornou mais liberal, porém com consequências vexatórias, que envergonham os educadores.
Enfim, todo o processo que existiu para chegar aos dias atuais não valeu de nada. Enquanto não houver postura profissional, cobrança, rigidez e a exigência do respeito e bom comportamento, não existirá educação modernizada, mas sim escolas banais.

Por Mariane N. Souza




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